A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) participou da elaboração do 2º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários, o qual aponta uma queda das emissões de poluentes de veículos rodoviários, embora a frota total tenha aumentado.

O relatório atualiza e aprimora os dados utilizados nos cálculos das emissões, de 1980 a 2012, dos poluentes regulamentados pelo Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve): monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos não-metano (NMHC), aldeídos (RCHO), material particulado (MP). Os gases de efeito estufa também fazem parte do estudo: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). A elaboração do documento depende de quatro conjuntos de dados: a frota de veículos em circulação, os fatores de emissão de poluentes, a intensidade de uso e o consumo de combustível.

A ANTT visa atuar com proatividade no que diz respeito aos aspectos ambientais relacionados à sua área de atuação. Além disso, juntamente com o 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas do Transporte Ferroviário de Cargas, elaborado pela Agência e pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), tem-se um conjunto de informações importantes no sentido de subsidiar políticas públicas ambientais relacionadas ao setor transporte.

A diretora de Qualidade Ambiental do MMA, Letícia Carvalho, lembra a importância do lançamento do Inventário no momento em que o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) discute um novo Padrão Nacional de Qualidade do Ar. Para ela, os números apresentados pelo Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas sustentam a proposta do Ministério, no sentido de que o Brasil adote os valores recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “O quadro do setor de transportes, com emissões decrescentes advindas dos novos motores e dos novos combustíveis, aliado ao processo de reorganização territorial da logística industrial, faz-nos ter certeza de que o Brasil pode e deve seguir as recomendações da OMS e adotar um padrão de qualidade do ar compatível com os anseios da sociedade brasileira, por um ambiente urbano de melhor qualidade e centrado na melhoria da saúde da população”, destaca.

O levantamento foi formulado pelo grupo de trabalho instituído pela Portaria MMA nº 386, de 3 de outubro de 2011, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Além da ANTT, participaram da elaboração o Ministério do Meio Ambiente; o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); a Petrobras; a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam/MG); a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam/RS); a Instituto Estadual do Ambiente (Inea/RJ); a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb/SP); a Confederação Nacional do Transporte (CNT); a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea); a Associação Brasileira de dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo); e o Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema).

Fonte: http://www.transportes.gov.br/noticia/conteudo/id/120467/module/default